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sexta-feira, 20 de abril de 2012



O Messias pronunciou a oração que legaria à Humanidade. Elevando o seu espírito magnânimo ao Pai Celestial e, colocando o seu amor acima de todas as coisas, exclamou:

Pai Nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.
E, ponderando que a redenção da criatura nunca se poderá efetuar sem a misericórdia do Criador, considerada a imensa bagagem das imperfeições humanas, continuou:

Venha a nós o teu reino.
Dando a entender que a vontade de Deus, amorosa e justa, deve cumprir-se em todas as circunstâncias, acrescentou:
Seja feita a tua vontade, assim na Terra como nos céus.
Esclarecendo que todas as possibilidades de saúde, trabalho e experiência chegam invariavelmente, para os homens, da fonte sagrada da proteção divina, prosseguiu:
O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
Mostrando que as criaturas estão sempre sob a ação da lei de compensações e que cada uma precisa desvencilhar-se das penosas algemas do passado obscuro pela exemplificação sublime do amor, acentuou:
Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
Conhecedor, porém, das fragilidades humanas, para estabelecer o princípio da luta eterna dos cristãos contra o mal, terminou a sua oração, dizendo com infinita simplicidade:
Não nos deixes cair em tentação e livra-nos de todo mal, porque teus são o reino, o poder e glória para sempre. Assim seja.
Acreditarias que, em todos os séculos da vida humana, recorreriam as almas, incessantemente, a uma porta silenciosa e inflexível, se nenhum resultado obtivessem?... Não tenhas dúvida: todas as nossas orações são ouvidas!...

Não obstante a confiança expressa na oração e a fé tributada à providência superior, é preciso colocar acima delas a certeza de que os desígnios celestiais são mais sábios e misericordiosos do que o capricho próprio; é necessário que cada um se una ao Pai, comungando com a sua vontade generosa e justa, ainda que seja contrariado em determinadas ocasiões. Em suma, é imprescindível que sejamos de Deus. Quanto às lições dessa fidelidade, observemos a própria natureza, em suas manifestações mais simples. Dentro dela, agem as leis de Deus e devemos reconhecer que todas essas leis correspondem à sua amorosa sabedoria, constituindo-se suas servas fiéis, rio trabalho universal. Já ouviste falar, alguma vez, que o Sol se afastou do céu, cansado da paisagem escura da Terra, alegando a necessidade de repousar? A pretexto de indispensável repouso, teriam as águas privado o globo de seus benefícios, em certos anos? Por desagradável que seja em suas características, a tempestade jamais deixou de limpar as atmosferas. Apesar das lamentações dos que não suportam a umidade, a chuva não deixa de fecundar a terra! É preciso aprender com as leis da natureza a fidelidade a Deus! Quem as acompanha, no mundo, planta e colhe com abundância. Observar a lealdade para com o Pai é semear e atingir as mais formosas searas da alma no infinito.

Vê, pois, que todo o problema da oração está em edificarmos o reino do céu entre os sentimentos de nosso íntimo, compreendendo que os atributos divinos se encontram também em nós.

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